Para a advogada Adriana Almeida, que é assessora jurídica nomeada pelo prefeito Marcelo Angênica, a maioria das 266 pessoas que morreram no hospital Municipal de Itamaraju eram traficantes. Ainda segundo a publicação da advogada, as mortes teriam sido provocadas por meio de arma de fogo no meio das vias públicas, e eles já teriam chegado ao hospital sem vida.
No entanto, a informação publicada pela advogada do município não condiz com a verdade, pois segundo o Ministério da Saúde, o registro de óbito registrados em vias públicas foram de 31 mortes, e esse número não é somado aos que morreram no Hospital Municipal, tendo em vista que o DataSus informa separadamente o local onde ocorreu cada óbito.
A publicação da advogada da prefeitura causou indignação de familiares de pessoas que morreram no hospital Municipal de Itamaraju e que acabaram sofrendo um julgamento sumário por parte da servidora ao serem apontados como “traficantes mortos baleados nas ruas de Itamaraju”, quando na verdade a maioria se queixa de casos de negligência e até possíveis erros médicos.
Nossa equipe repudia as declarações da assessora jurídica do prefeito Marcelo Angênica, que por desconhecimento de causa e no afã de defender a gestão, ainda classificou erroneamente a matéria como fake news. Mantemos o compromisso com o jornalismo sério, feito com publicações de matérias jornalísticas baseadas em informações oficiais coletadas através dos órgãos dos governos Federal, Estadual e também Municipal.
Os dados das 448 mortes ocorridas em Itamaraju no ano de 2018 podem ser consultados separadamente, por local onde ocorreram, através do Portal do SUS clicando aqui.