A Bahia tem o preço do álcool mais claro do Brasil. Em Porto Seguro, no Sul do Estado, o álcool anidro, chega a custar R$ 4,299, mais que o dobro do mesmo produto que é vendido em São Paulo, de R$ 2,182. Em Salvador, o preço do álcool pode chegar a R$ 3,29, e é o quinto mais caro do Estado, abaixo apenas dos valores que são cobrados nas cidades de Porto Seguro, Eunápolis, Barreiras e Itabuna.Em todos os quase 300 postos de combustíveis na Bahia, uma placa adverte aos motoristas que só é vantagem abastecer o carro com álcool se o preço deste estiver até o equivalente a 70% do preço da gasolina. Em Salvador, contudo, o preço máximo da gasolina pode chegar a R$ 4,18 e o do álcool a R$ 3,29, o que dá uma diferença de apenas R$ 0,89, ou o equivalente a paridade entre os produtos equivalente a 79%.
A diferença de preço entre o litro do álcool e da gasolina há mais de quatro anos deixou de ser vantajosa para os consumidores e está longe de alcançar a paridade de 70% para que se torne vantajoso abastecer o veículo com álcool. Em Porto Seguro, no Sul da Bahia, por exemplo, essa diferença de preços entre álcool e gasolina é ainda maior. O preço do litro do álcool automotivo chega a custar R$ 4,299, e a gasolina R$ 4,79, diferença de apenas 0,50 por litro.
Além de ter o preço caro do País, a Bahia só produz aproximadamente 7% do álcool que consome, o que, na avaliação do presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis da Bahia (Sindicombustíveis), José Augusto Costa, faz com que o estado seja obrigado a importar não apenas o produto de outras unidades da federação, mas até mesmo do exterior, com o álcool feito à base de milho, importado dos Estados Unidos. Augusto explica ainda que por estar sujeito à sazonalidade da safra, o preço do álcool deverá subir no final do ano, no período da entressafra, o que vai diminuir ainda mais a equivalência com o preço da gasolina.