O clima esquentou durante a sessão da Câmara de vereadores de Itamaraju realizada na última terça-feira, 28. O principal assuntou foi a renovação do contrato com a Embasa pelo prazo de 30 anos, e a manutenção da taxa de esgoto em 80% pelo mesmo período, a renovação foi autorizada pelo prefeito Marcelo Angênica (PSDB) no início do mês.
Apesar do contrato ter sido assinado dia 08 de abril, misteriosamente só foi divulgado pelo prefeito no último dia 24, e esse fato despertou a curiosidade de populares e dos próprios vereadores em relação à tentativa de Marcelo Angênica de esconder as informações da população.
Alguns parlamentares afirmaram que o contrato foi firmado de forma ilegal, tendo em vista que a casa teria aprovado um projeto de lei que determinava que o contrato só poderia ser firmado até dia 31 de dezembro de 2019, além de que seria necessário o envio prévio para que a câmara pudesse realizar audiência pública para discutir com a população os termos do novo contrato.
O vereador Egnaldo chegou a afirmar que o prefeito Marcelo Angênica “atropelou” a Câmara e que o gestor teria afirmado, através do seu departamento jurídico, que os vereadores não poderiam se intrometer no contrato que seria firmado com a Embasa. Ele ainda pediu que o presidente Adriano Pinafo tomasse atitude e que a câmara deveria reagir ou não teria sentido a existência deles se não fosse possível representar a sociedade e se reunir com o povo para discutir esse contrato com a Embasa.
Os vereadores Marcão da CUT, Som de Nova Alegria, Chico do Hotel e Evando Rodrigues também questionaram a renovação do contrato da Embasa feita pelo prefeito Marcelo Angênica. Eles disseram que não procede a afirmação do prefeito de que a câmara não poderia interferir na discussão da renovação do contrato. Um deles ainda disse que a Câmara precisa tomar uma posição, pois se não fizer em dezembro poderá deixar de existir, pois está perdendo sua função de representar o povo.
Os vereadores afirmaram que vão acionar o jurídico da casa para tentar reverter a decisão do Prefeito Marcelo Angênica. “É uma irresponsabilidade o que foi feito. Nós vamos reagir pois o prefeito precisa dialogar e respeitar a câmara.” Disse um dos parlamentares.
A próxima sessão será realizada no dia 05 de maio, e o tema deverá retornar ao debate pois a população tem mobilizado protestos e até um abaixo assinado pedido a revogação do contrato assinado pelo Prefeito Marcelo Angênica.