Nossa esquipe recebeu a informação de que Suênia Bastos Oss, esposa do secretário de Administração de Itamaraju, Leo Oss, teria sido nomeada ilegalmente para ocupar uma vaga na Comissão de Gestão do Plano de Carreira do magistério municipal. Segundo a denúncia, a cônjuge do secretário estaria ilegalmente na comissão como representante do Conselho de Educação.
De acordo com a denúncia de um servidor que preferiu não ter o nome revelado, temendo perseguição, Suênia havia sido nomeada ilegalmente no início do mês de julho, na edição do dia 04 no diário oficial do município. Ainda segundo a denúncia, a ordem para a nomeação ilegal teria partido do próprio secretário de Administração, Leo Oss, tentado exercer o controle estratégico da comissão que é responsável pela orientação sobre o Plano de Carreira dos servidores do magistério da Prefeitura de Itamaraju. A esposa do secretário não faz parte do referido conselho conforme documentação enviada a nossa equipe.
Apesar de Suênia não ser membro Conselho Municipal de Educação, a portaria assinada pelo prefeito Marcelo Angênica aponta a esposa do secretário como se fosse a representante do órgão. Servidores da educação afirmam que a manobra ilegal seria uma tática montada pelo prefeito para tentar manipular e influenciar nos resultados da comissão, e prometem acionar o Ministério Público para conter a irregularidade. “Eles passam por cima das leis e tratam a prefeitura como se fosse a empresa deles. Vamos buscar justiça.” Afirma um dos profissionais da educação que não quis se identificar.
A reportagem do Siga a Notícia tentou contato com o presidente da APLB no município de Itamaraju, Noel Vieira, mas as ligações não foram atendidas e não obtivemos posicionamento oficial do órgão em relação à suposta irregularidade.
Super salários de Suênia Oss
Suênia Oss, esposa do secretário de Administração, Léo Oss, é uma das servidoras que passaram a ter super salários após o prefeito Marcelo Angênica (PSDB) assumir a prefeitura em 2017. A cônjuge do secretário, que é professora com a carga horária de 20 horas semanais, recebia em 2016 mensalmente cerca de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais). No entanto, em 2017, com gratificações e demais vantagens já chegou a receber até 10 vezes a mais do que recebia, como é possível identificar no mês de julho daquele ano onde a remuneração total da esposa de Leo Oss alcançou cifras de R$ 11.500,00.
No entanto as “bondades” do prefeito Marcelo Angênica e seu secretário de Administração, Léo Oss, não são destinadas a outros servidores como os garis, que recentemente foram obrigados a ingressar com ação na justiça buscando receber o adicional por insalubridade a que tem direito mas não recebem.