Este ano, a Páscoa chegará mais cedo – dia 1º de abril – e, desta vez, os fabricantes brasileiros de chocolates estão otimistas, tendo em vista o resultado desfavorável dos últimos três anos, período em que o setor já acumula um recuo de 50% na produção. Este otimismo entre os empresários da indústria de chocolates pode ser notado na 28ª edição do Salão de Páscoa da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e derivados (Abicab), realizada na última quinzena na cidade de São Paulo.
Representantes de oito indústrias de todo o País participaram da feira e apresentaram cerca de 130 lançamentos para o período – número ligeiramente maior que o do ano passado, onde foram contabilizados 120. Porém, bem menor que 2016, com 147.
Para este ano, os fabricantes esperam que haja um aumento nas vendas e na produção entre 5% a 20%. Desta vez as marcas focaram em uma variedade de ovos de páscoa e de preços – custarão entre R$ 1,20 e R$ 1.100 – com o intuito de fisgar até o consumidor que pretende não gastar muito, porém, não quer deixar a data passar em branco.
A produção dos ovos de páscoa a cada ano vem decrescendo. A Páscoa de 2015 foi responsável pela melhor produção dos últimos três anos, com cerca de 19,7 mil toneladas de chocolate e 80 milhões de ovos produzidos. Já em 2016, houve uma queda de 27%, com produção de 14,3 mil toneladas e 58 milhões de ovos. No ano passado, a queda foi ainda mais brusca. A Abicab informou que a produção foi de apenas 9 mil toneladas, o equivalente a 36 milhões de ovos, caindo 38% em relação ao ano anterior. A empresa ainda não possui números referentes à produção para a Páscoa deste ano, visto que as empresas ainda estão fabricando os produtos.