O descaso com a saúde pública no município de Itamaraju, ironicamente governada pelo médico Marcelo Angênica (PSDB), acaba de fazer mais uma vítima fatal. Faleceu a paciente Marilene Rodrigues Chagas que foi diagnosticada com uma doença grave e tentava, sem sucesso, desde o mês de julho receber os medicamentos necessários para o tratamento, tendo todos os pedidos negados pelo Secretário de Saúde, Elan Wagner.
De acordo com o laudo médico, a paciente foi diagnosticada como portadora da doença Fibrose Pulmonar Idiopática, enfermidade grave e irreversível. No entanto, ainda de acordo com o laudo, a vida da paciente poderia ser prolongada por até 5 anos se fizesse o uso urgentemente das medicações indicadas. Caso contrário, a sobrevida da paciente estaria reduzida a pouco menos de um ano.
A família de Marilene chegou a ingressar com Mandado de Segurança contra o Município de Itamaraju no dia 17 de agosto buscando o fornecimento dos remédios, tendo conseguido decisão favorável da justiça uma semana depois, onde a juíza Lívia Figueiredo determinou que a prefeitura fornecesse os medicamentos em um prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 2 mil por dia em caso de descumprimento.
Embora a idosa tenha saído vitoriosa na decisão judicial, a filha da paciente contou em entrevista à Rádio Terrramar FM que o município de Itamaraju não efetuou a entrega dos medicamentos, desrespeitando a ordem judicial. “A Juíza autorizou logo dando a liminar, e foi rápido, só que a prefeitura nem resposta deu e minha mãe ficou sem o medicamento, ” disse Deise Chagas, filha de Marilene.
Deise ainda contou que acredita que sua mãe poderia estar viva se tivesse recebido o medicamento indicado pelo médico e que foi negado pela prefeitura. “O médico disse que com o medicamento ela poderia ter a chance de viver mais uns 5 anos, sem o remédio ela não viveria um ano, como de fato aconteceu”. Lamentou a filha da idosa em entrevista concedida à emissora de rádio local.