Teve início na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto (EPAAEB) o primeiro curso de Pós-Graduação (lato-sensu), com Especialização em Educação e Agroecologia. A Escola está localizada no Prado, Extremo Sul da Bahia.
O curso é voltado para os educadores e educadoras que atuam nas Escolas do Campo nas áreas de Reforma Agrária. A formação desses educadores, sujeitos de uma realidade conflituosa em que a hegemonia da produção agrícola convencional é disputada por um projeto agroecológico, torna-se dispositivo estratégico para a construção de novas formas de vivência, que se relacionam com a natureza, a produção de alimentos, o trabalho e o direito à saúde nesta região.
Segundo a educadora e coordenadora pedagógica da EPAAEB, Dionara Ribeiro, é preciso aprofundar o conhecimento, “tanto acerca da nossa concepção de educação e agroecologia quanto no ponto de vista das metodologias de trabalho da agroecologia com a infância, adolescência e juventude. Uma agroecologia que não fique presa nos quatro muros da escola, mas que dialogue com a comunidade e com a sociedade em geral‘’.
A especialização é construída a partir da necessidade das Escolas do Campo da região para incorporar a agroecologia em seus currículos. O projeto funciona em parceria entre a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), o MST e a EPAAEB.
Participam do curso 46 educadores de duas regiões da Bahia: Extremo Sul e Baixo Sul, que representam 16 escolas, desde a educação infantil, fundamental I e II e ensino médio. ‘’A maior parte das escolas tem a prática da agroecologia, mas não estão com os conteúdos nivelados. Algumas estão começando e outras já estão a mais de dois anos desenvolvendo a agroecologia dentro das escolas’’ reforça Dionara.