Um morador de Itamaraju, no extremo sul baiano, identificado como Matheus Santos Pinaffo, de 24 anos, primo do vereador Adriano Pinaffo (PMDB) e outro jovem de iniciais A.A.S., 22 anos, de Candeias na Bahia são acusados pelo MPF de fazer parte de um grupo formado por 11 pessoas que promovem o Estado Islâmico (EI) no Brasil. Segundo as investigações eles planejavam um atentado terrorista no País, sendo um dos locais discutidos entre os suspeitos o Carnaval de Salvador.
Procurado pela imprensa, Matheus Pinaffo, não respondeu aos pedidos de informação até a publicação da reportagem. Após repercussão da ação da PF, Matheus alterou seu nome no perfil das redes sociais para Matheus Santos. No entanto, é possível ver em suas publicações que desde 2016 Matheus é seguidor do islamismo. Em uma de suas publicações aparece um vídeo da Jihad onde é exaltado a luta e Allah.
A denúncia do MPF é resultado da Operação Átila, da Polícia Federal. Dos sete detidos desde outubro do ano passado, dois continuam presos. De acordo com o Jornal Correio da Bahia, há evidências de que eles realmente tinham intenção de levar o plano adiante com instruções para a fabricação de explosivos encontradas no celular de Welington Moreira de Carvalho, 48, que está preso.
Postagem nas redes sociais evidencia inclinação ao Islan
Segundo a PF, outro indício seria uma troca de mensagens pelo celular entre Jonatan da Silva Barbosa e Brian Alvarado – um peruano que não está entre os acusados. No diálogo, eles discutem um ataque no Carnaval, sendo a festa do Rio de Janeiro outro possível alvo.
Mais pessoas
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, na conversa, Brian sugere uma ação no Rio inspirada no ataque à Ponte de Londres, em 2017, quando três terroristas do EI atropelaram e esfaquearam pedestres na capital britânica, matando 8 pessoas e ferindo 48. Jonatan, no entanto, argumenta que o Carnaval de Salvador “teria mais pessoas”.
A denúncia do MPF é resultado da Operação Átila, da Polícia Federal. Dos sete detidos desde outubro do ano passado, dois continuam presos.
Não há conformação se que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) estava a par das investigações sobre planos de ataque na festa baiana, uma vez que órgão não comenta operações da Polícia Federal.