Atividade tradicional no extremo sul da Bahia, o cultivo de mandioca na região tem produtividade duas vezes maior do que a média de todo o estado.
Enquanto na Bahia a média de produtividade é de 6 toneladas por hectare (6t/ha), no extremo sul, a média é de 12t/ha, contudo já há na região produtores que chegam a quase 40t/ha.
Os índices são resultado de um programa que fornece assistência técnica, treinamentos e orientação sobre gestão, produção e comercialização, a partir da contratação de consultoria especializada.
Iniciado em 2011, pela empresa Suzano, o programa ganhou força em 2016, ao ser incorporado ao Plano de Ação Territorial (PAT) da Mandiocultura. O PAT envolve 11 municípios do extremo sul da Bahia: Alcobaça, Caravelas, Ibirapuã, Itamaraju, Prado, Teixeira de Freitas, Nova Viçosa, Mucuri, Jucuruçu, Medeiros Neto e Lajedão.
Outro índice importante é o de crescimento da participação de agricultores familiares no programa. Em 2011, eram oito associações participantes, enquanto atualmente já são 44 associações e uma cooperativa, envolvendo 1.600 famílias que se dedicam à produção de farinha e a outras atividades.
Os agricultores familiares cultivam 90% da mandioca plantada na Bahia, que ocupa o terceiro lugar na produção do país.
Segundo Ana Cristina dos Santos, engenheira agrônoma da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o extremo sul se destaca como um território propício ao cultivo da mandioca.