Falta pouco mais de 30 dias para o São João – época de comer milho assado, pular fogueira, dançar um arrasta-pé. Para quem é dono de um pequeno negócio, principalmente no interior do estado, é tempo também de dar uma esticada na produção, visando incrementar as vendas, lucrar com a festa – até 40% mais, segundo os especialistas.
A data tem um peso ainda maior para produtores artesanais de licor na região do extremo sul. É a garantia de renda extra. Quase 100% de toda fabricação é comercializada no período.
De acordo com o consultor empresarial do Sebrae Bahia, Wagner Santos, porém, do mesmo jeito que o licor precisa de seis meses em infusão para “apurar”, não dá para esperar só pelos santos João e Pedro. É preciso correr. Segundo ele, planejamento, olho no estoque e mão na massa são palavras-chave para quem é do comércio e quer fazer bonito ao som do forró.
“Seja um comércio de comida típica, de adereços, vestuário; do setor hoteleiro, que esteja alugando casa para a temporada; da área de eventos, decoração ou fogos de artifício, o segredo é um só: ficar atento ao mercado, à concorrência. Foco no preço, no produto, na promoção e na disponibilidade da oferta”, diz.
Em meio à crise que atinge a maioria, para muitos o São João ainda é o ponto alto do calendário comemorativo desses municípios. A equipe de reportagem solicitou à Secretaria de Turismo da Bahia e à Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa) números a respeito da importância econômica do São João no estado, mas até o fechamento desta edição não havia obtido resposta.
Como forma de impulsionar o setor, o Ministério do Turismo divulgou que vai investir R$ 4 milhões em festas juninas por todo o país e que já há 103 eventos cadastrados com esse perfil no Calendário Nacional de Eventos, de 15 estados de todas as regiões brasileiras.