Não é à toa que junho e festa junina fazem parte da homenagem a São João. Conhecido popularmente por ser festeiro, o santo nasceu em 24 de junho, com o nome de João Batista. Ele era primo de Jesus Cristo e faleceu em 29 de agosto do ano 31 depois de Cristo, na Palestina.
Antes mesmo de Jesus, João já pregava às margens do rio Jordão. Ele é o único santo que a liturgia lembra a data de nascimento e não da morte
São João instituiu o batismo como prática da purificação, por meio da imersão das pessoas na água. Por isso, uma tradição muito comum é a lavagem do santo feita por seu padrinho – pessoa que está pagando por alguma graça alcançada. O ritual acontece geralmente à meia-noite da véspera do dia 24.
Outra lenda muito comum é a de que São João adormece no dia do seu aniversário, uma vez que, se estivesse acordado, não resistiria aos festejos e desceria à Terra, podendo se queimar na fogueira. Esse é um dos motivos dos fogos de artifício: acordá-lo.
De onde vem a tradição?
Os festejos têm origem europeia e cristã na Idade Média. A celebração foi trazida para o nosso país pelos portugueses, ainda durante o período colonial, sendo uma homenagem a São João Batista.
De acordo com a crença popular, Maria, mãe de Jesus, e Isabel, mãe de João Batista, fizeram um acordo: quem tivesse o primeiro filho acenderia uma fogueira na porta de casa.
O nascimento do santo católico também coincidiu com o solstício de verão – inverno na América do Sul. Neste período, o povo do campo festejava a proximidade das colheitas e fazia sacrifícios acendendo fogueiras para afastar demônios.
Outras tradições juninas foram sendo incorporadas ao longo dos anos. As quadrilhas, por exemplo, surgiram por influência portuguesa dos corridinhos, uma dança típica cujos passos se assemelham à quadrilha.
Entretanto, principalmente no Nordeste, a culinária junina é essencialmente brasileira.