Cerca de 220 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra reocuparam o latifúndio improdutivo denominado Fazenda Campo do Pó, localizado no município de Nova Viçosa, Extremo Sul baiano.
A ocupação foi iniciada na madruga da quarta-feira 27, os sem terra denunciam a concentração fundiária na região, ao tempo exigem maior responsabilidade e respeito das instituições e órgãos local e nacional para com as famílias trabalhadoras.
“Nossa luta é pela Reforma Agrária e contra os grandes latifúndios e coronéis que dominam a nossa região”, afirmou os trabalhadores.
De acordo às famílias, os latifúndios de Cristina Borges não cumprem sua função social, principalmente numa região onde existem centenas de famílias desempregadas e em busca de terra para produzirem alimentos.
Histórico
A fazenda havia sido ocupada no abril vermelho, recebeu despejo no mês de maio, através de uma liminar da justiça local.
Com o despejo os barracos foram destruídos, ocasionando prejuízo para as famílias.
Coronelismo local
Com a reocupação os trabalhadores denunciam também o abuso de poder das instituições local. “Estão emitindo liminar de despejo contra as famílias, sem mesmo considerar as diversas denuncias que estamos fazendo” afirmam.
Os Sem Terra avaliam que existe na região práticas que atentam contra os Direitos Humanos e ferem os princípios da Constituição Federal.
Acampamento Claudinei Meira
Durante o processo de reocupação e reconstrução do Acampamento Claudinei Meira na fazenda, os Sem Terra apontaram o modelo de produção do agronegócio como responsável pelo aumento do êxodo rural e nos índices de desigualdades sociais na região. Sendo a juventude do campo e cidade as principais vítimas desse modelo.