Cerca de dois terços da madeira negociada no mundo atualmente têm origem ilegal. Em meio a esse cenário pouco animador, uma nova norma que será lançada até o final deste ano terá o desafio de agregar mais sustentabilidade aos produtos de base florestal. Trata-se da ISO (International Organization for Standardization) 38.200.
Liderada pelo baiano Jorge Cajazeira, executivo com mais de duas décadas de atuação na Suzano Papel e Celulose, a norma contará com a participação de mais de cem países e terá a missão de fazer com que o consumidor, ao comprar uma peça ou bem proveniente de base florestal, tenha a garantia de que a produção utilizou critérios íntegros, sempre em respeito à legislação do país de origem.
A nova norma pretende que o fabricante faça uma avaliação da legalidade de sua plantação, de como ele atende os principais requisitos internacionais de florestas bem manejadas.
O cumprimento da norma será em caráter voluntário, mas Erica Rusch acredita que a tendência será de que as empresas que não se adequarem à ISO enfrentarão dificuldades para comercializar seus produtos, tanto no Brasil como no Exterior.
Considerada uma potência no setor florestal, com mais de 700.000 hectares locados para diversas finalidades, a Bahia tem grande interesse na sustentabilidade desse segmento, que faturou no ano passado cerca de R$ 9 bilhões e gera, no Estado, aproximadamente 320 mil postos de trabalho (diretos e indiretos).