A aposentada Maria Luiza 58 anos chegou logo cedo ao postinho de saúde do bairro Marotinho em Itamaraju com propósito de se consultar com um médico a fim de amenizar os efeitos de uma dor nas costas e falta de ar, mas foi surpreendida com um cartaz fixado na entrada da unidade saúde informando que não haverá atendimento esse ano.
Sem recurso para pagar pelos procedimentos, ela ficou desapontada. “Não sei o que fazer, não ganho o suficiente para pagar clinica particular”, desabafou. Não obstante aos problemas enfrentados no setor em todo País, ela acredita que nos últimos meses os esforços para atender aos que mais precisam em Itamaraju estão diminuindo. “Está cada dia pior”, lamenta.
O mesmo fato chegou a ser relatado por outro paciente no bairro Cristo Redentor onde uma médica Alba Marli que foi transferida após atender há 10 anos e pediu demissão. Na porta do postinho outro um cartaz explicava que não haveria atendimento médico ali. ‘Voltem ano que vem’, informou uma enfermeira a uma mãe com bebê de colo.
Enquanto Vitor Evangelista que sua mãe foi destratada por um médico, nesta quarta-feira 29, a pediatra Jane Rodrigues anunciou sua saída no único hospital da cidade (HMI) causando mais uma baixa. Até o fechamento desta matéria, a secretaria municipal de saúde não havia prestado qualquer explicação sobre novas contratações.
No mês de outubro o secretário de Saúde, Elan Wagner, concedeu entrevista confirmando o fechamento de farmácias em vários PSFs, só voltando a funcionar em 2018, assim como o serviço de Raio-x do hospital Municipal que está desativado em virtude do município ter comprado um equipamento de boa qualidade que custaria R$ 238 mil, porém chegou um inferior, que custaria R$ 100 mil a menos. Após denúncia do Fiscaliza Itamaraju, Elan foi obrigado a solicitar o equipamento real que só chegará m 2018.