Um incêndio iniciado no último domingo 3, atinge uma extensa área de vegetação na região do povoado de Pedra de Cajuita, provocando consequências sérias para a comunidade do município de Guaratinga,. no Extremo Sul baiano.
O desabastecimento de água na parte alta do povoado é resultado direto do fogo, que comprometeu as tubulações do sistema de “água por gravidade”. O Corpo de Bombeiros mobiliza esforços para conter as chamas, com previsão de retorno às operações na terça-feira 5.
A Defesa Civil de Guaratinga ressalta que a situação é decorrente de causas naturais, atribuindo o incêndio ao calor intenso e altas temperaturas. Enquanto isso, a população afetada aguarda soluções, sendo informada pela assessoria de comunicação da cidade que um caminhão-pipa pode ser enviado para suprir as necessidades de água. Contudo, estima-se que o restabelecimento do serviço possa levar de 3 a 4 dias.
A gestão municipal, ciente da gravidade da situação, buscou apoio aéreo do Corpo de Bombeiros. No entanto, a dificuldade em conter o fogo reside na presença de árvores queimando e descendo nas pedras, representando riscos para os bombeiros que enfrentam o desafio de controlar as chamas.
Na mesma região, em Itabuna, cerca de 250 queimadas foram registradas este ano, a maioria resultante da ação humana, conforme relatos do Corpo de Bombeiros. Este cenário evidencia a necessidade de medidas preventivas e maior conscientização ambiental para evitar danos irreparáveis.
Já no sudoeste da Bahia, no Parque Nacional de Boa Nova, um incêndio de grandes proporções assola a área desde a última sexta-feira 1º. Com mais de 700 hectares de vegetação destruídos, brigadas de incêndio, juntamente com voluntários, lutam para conter o fogo. Suspeitas de origem criminosa aumentam a preocupação das autoridades e da população local.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) alerta para os riscos que as chamas representam para a fauna e flora da região. A vegetação seca, o vento forte e as elevadas temperaturas complicam os esforços, ameaçando animais silvestres, principalmente aves, e áreas de conservação permanente, onde existem nascentes de rios.