A partir desta segunda-feira 1º, o salário mínimo oficial no Brasil passa a ser de R$ 1.412, representando um aumento significativo de 6,97% em comparação ao valor anterior de R$ 1.320, que vigorou de maio a dezembro de 2023.
A mudança, aprovada no Orçamento Geral da União de 2024, é resultado da soma da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses, totalizando 3,85%, juntamente com o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A nova política de valorização do salário mínimo foi enviada pelo governo em maio, sendo aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em agosto.
De acordo com o Dieese, o reajuste beneficiará 59,3 milhões de trabalhadores, proporcionando um aumento na renda anual estimado em R$ 69,9 bilhões. A entidade prevê também que o governo, incluindo União, estados e municípios, arrecadará R$ 37,7 bilhões adicionais devido ao aumento do consumo relacionado ao salário mínimo mais elevado.
Ao considerar a inflação, o salário mínimo registra um ganho real de 5,77% em relação a maio de 2023, quando foi estabelecido o mínimo de R$ 1.320. Se comparado ao valor de R$ 1.302, que vigorou de janeiro a abril, o ganho real é de 4,69%, pois o INPC estava mais alto no início de 2023, refletindo a inflação das famílias de menor renda.
É importante destacar que o aumento do salário mínimo tem implicações financeiras consideráveis para a União, especialmente nas despesas previdenciárias. O novo valor resultará em um aumento de R$ 35 bilhões nos gastos previdenciários, conforme estabelecido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estipula que cada R$ 1 a mais no salário mínimo eleva as despesas do governo em R$ 389 milhões.