O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) destaca a reforma agrária como uma solução crucial para enfrentar a pobreza no Brasil. Durante o encerramento do encontro da coordenação nacional, Jaime Amorim afirmou que a redistribuição de terras improdutivas poderia garantir renda para famílias em condições precárias, ressaltando a importância dessa iniciativa para a geração de empregos no campo.
Amorim salientou que a reforma agrária não apenas cria empregos, mas envolve toda a família assentada, gerando ocupações e rendimentos que se estendem além dos próprios beneficiários. No entanto, ele criticou a ausência de diretrizes e recursos para efetivar a distribuição de terras, lamentando a falta de verbas para a reforma agrária no último ano.
Além das preocupações com a falta de apoio governamental à reforma agrária, o MST denunciou a formação de milícias, como o movimento “Invasão Zero”, que atentam contra movimentos de camponeses e populações indígenas. Ceres Hadich, da direção nacional do MST, destacou a gravidade desses ataques, recentemente exemplificados pelo ataque a uma comunidade pataxó hã-hã-hãe no último domingo, resultando na morte de uma mulher. *Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil