O prefeito de Itamaraju, Marcelo Angênica (PSDB), protagonizou uma cena vexatória na noite no último domingo, 23, ao determinar que a apresentação do cantor Sandro Lúcio fosse interrompida durante a festividade junina que acontecia no distrito de Nova Alegria.
A apresentação do Cantor Sandro Lúcio, que tem mais de 50 anos de carreira, não teve custos para a prefeitura, pois havia sido viabilizada por intermédio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), a pedido do vereador Edson Dias, conhecido como “Som de Nova Alegria”. e dos deputados Matheus Ferreira e Valmir Assunção. De acordo com informações, ao descobrir que o governo do Estado havia patrocinado a apresentação, o prefeito Marcelo Angênica determinou que seu secretário de Esportes e Cultura, Gustavo Souto providenciasse a retirada do cantor do palco gerando tumulto que precisou de intervenção policial.
Um vídeo divulgado nas redes sociais, mostra o cantor Sandro Lúcio sendo interrompido enquanto faz apelo ao prefeito para que não barrasse sua apresentação. “Horrível, não pode fazer isso não Doutor Marcelo, eu sou um profissional, deixe eu fazer o meu trabalho”, implorava o cantor enquanto os organizadores do evento sinalizavam para que ele deixasse o palco.
O filho de Sandro Lúcio, Ricardo Stuart, gravou uma Live onde apareceu emocionado relatando o ocorrido. Ele contou que temeu pela vida do pai. “Eu pensei que meu pai fosse enfartar. Isso nunca aconteceu. A gente roda o país inteiro e é a primeira vez que isso acontece”, desabafou o filho do cantor.
No momento em que o cantor iria ser retirado do palco, os organizadores do evento foram vaiados em uma reação a maneira como o artista foi tratado pela gestão municipal. O Secretário de Cultura argumenta que o horário havia vencido, mas a equipe do cantor rebate afirmando que o show havia começado há pouco mais de 30 minutos.
Para evitar um tumulto ainda maior e pancadaria generalizada, a organização do evento permitiu que a apresentação de Sandro Lúcio continuasse conforme havia sido planejada. Para o vereador “Som de Nova Alegria”, o episódio reflete um ato de perseguição política um vez que os organizadores afirmaram que receberam uma ligação por parte da gestão municipal ordenando para encerrar a apresentação do cantor.