Uma comunidade indígena em Porto Seguro, no Extremo Sul da Bahia, levanta acusações de negligência médica contra a equipe do Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães (HRDLEM) após a morte do jovem pataxó Mateus Rosa, de 21 anos. O caso gerou protestos por parte da comunidade, que exige respostas sobre o falecimento do jovem.
Mateus faleceu no dia 26 de junho, após quase um mês de internação, durante a qual ele foi intubado, mas não resistiu após uma parada cardiorrespiratória. De acordo com relatos da família, Mateus estava em tratamento de hemodiálise e, no dia 31 de maio, foi ao hospital para receber duas bolsas de sangue de acordo com a prescrição médica. No entanto, o hospital teria administrado uma quantidade diferente, resultando em complicações para o jovem.
A irmã de Mateus, Ana Cristina Santana, afirmou que o paciente teve complicações respiratórias após receber a terceira bolsa de sangue, levando a problemas de mobilidade e fala devido a um derrame. A família reclama da falta de acesso aos documentos de internação e levou um susto com o diagnóstico que culminou na perda de Mateus.
O protesto realizado pela comunidade indígena resultou em uma reunião com o diretor do hospital, onde foram apresentados outros casos de indígenas que teriam falecido devido à negligência médica na unidade de saúde. A família e lideranças pataxó apontam para um possível preconceito no atendimento à comunidade indígena.
Em resposta, o hospital justificou que Mateus deu entrada na unidade com anemia grave e necessidade de transfusão de sangue, recebendo cuidados da equipe médica multiprofissional. O caso segue sendo investigado.