Uma mulher que teve um relacionamento com o itamarajuense Tancredo Neves, suspeito de estar envolvido na morte da delegada Patrícia Jackes, compartilhou detalhes perturbadores sobre o convívio com o investigado. Em uma entrevista à TV Bahia, ela relatou ter sido vítima de ameaças, agressões e situações de violência enquanto estavam juntos.
A ex-companheira, que optou por não ser identificada, revelou que o relacionamento com Tancredo durou meses e resultou em um filho. Durante esse período, ela se viu confrontada com acusações injustas e manipulações por parte do suspeito. Ao confrontá-lo sobre uma suposta noiva, ela foi bloqueada nas redes sociais e decidiu encerrar a relação.
No entanto, mesmo após o término, a mulher passou a ser alvo de ameaças por parte de Tancredo, levando-a a solicitar uma medida protetiva contra ele. Ela descreveu ter sido ameaçada de morte, com o suspeito declarando que atiraria em sua boca e desejando que um carro a atropelasse. Preocupada com sua segurança, ela se afastou completamente dele ao identificar traços de sociopatia em seu comportamento.
A ex-companheira relatou a sensação de alívio ao saber que não foi a vítima da morte da delegada, destacando a falta de atenção das autoridades em relação às denúncias que fez anteriormente. Tancredo Neves acumula diversos registros policiais e processos por violência doméstica, incluindo casos de lesão corporal e ameaças.
De acordo com informações do delegado Arthur Gallas, do Departamento de Polícia Metropolitana, há pelo menos 26 ocorrências policiais contra o suspeito, sendo que quatro delas resultaram em inquéritos policiais. Os relatos de violência e comportamento agressivo de Tancredo Neves lançam luz sobre a importância da proteção às vítimas e da atuação eficaz das autoridades para prevenir tragédias como a que vitimou a delegada Patrícia Jackes.