Nesta quinta-feira, 28, a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Anóxia, cumprindo 11 mandados de busca e apreensão na cidade de Alcobaça, no Extremo Sul baiano. A operação visa investigar fraudes à licitação e desvios de recursos públicos federais que deveriam ser destinados ao combate à COVID-19.
As investigações tiveram início em 2020, quando a empresa investigada foi contratada pela Prefeitura de Ilhéus para fornecer profissionais da saúde. Durante a apuração, foram identificados indícios de irregularidades, como o direcionamento de licitações e superfaturamento nos serviços contratados, resultando em desvios significativos de recursos que deveriam ter sido aplicados no enfrentamento da pandemia.
O contrato com a Prefeitura de Santa Luzia, que começou em 2021, levou à contratação da mesma empresa, que recebeu mais de R$ 7 milhões do Fundo Municipal de Saúde, com um superfaturamento preliminar superior a 34%. Esses dados alarmantes levantam preocupações sobre a correta utilização dos recursos em um momento crítico de emergência de saúde pública.
Além dos desvios financeiros, a investigação também revelou indícios de outros crimes, como a apropriação indébita previdenciária, devido à falta de repasse das contribuições descontadas dos trabalhadores ao INSS. Isso não apenas prejudica os direitos dos trabalhadores, mas também compromete a segurança social da comunidade.
Além do cumprimento dos mandados em Alcobaça, a operação mira também as cidades de Itororó, Vitória da Conquista, Santa Luzia e Salvador onde a PF também busca evidências de irregularidades relacionadas à utilização dos recursos públicos.