O Presidente do PSDB em Itamaraju, Jorge Almeida, usou as redes sociais na última sexta-feira 30, para se defender das acusações de sonegação de impostos em ação movida pela Prefeitura Municipal de Itamaraju que teria resultado em ação judicial com possível penhora de bens do pecuarista.
Em sua publicação o tucano se defende alegando não dever impostos ao município, e em sua postagem explica que comprou uma casa na mão de Valentim Bravim na rua Guanabara nº58, passando em seu nome isso há 30 anos atrás. “Sempre paguei o IPTU ao município”, afirma.
Em outro trecho da nota explicativa, Jorge Almeida atribui a culpa a duas pessoas. “Ocorre que vendi essa casa para Altemir Galavoti e o mesmo vendeu para Nem Gomes. A partir da minha venda para frente eles não pagaram o IPTU. O departamento jurídico do município não tinha as informações que proprietários não pagaram o IPTU”.
Apesar das alegações do tucano, causa estranheza o fato de que em 2017 o prefeito Marcelo Angênica (PSDB) gastou quase meio milhão de reais com uma empresa para realizar, dentre outras coisas, o “fornecimento, licenciamento, implantação, treinamento, manutenção e suporte de sistema informatizado integrado de gestão tributária”.
Aparentemente o sistema comprado por Angênica não está funcionando corretamente, o que expõe o risco eminente de que outros cidadãos possam ser processados indevidamente como alega ter sido o pecuarista Jorge Almeida.
Outros processos por sonegação fiscal
Apesar da denúncia ter causado espanto em alguns correligionários do pecuarista Jorge Almeida, que é reconhecidamente homem rico na cidade de Itamaraju, não é a primeira vez que o sogro do Deputado Adolfo Viana se envolve em processos onde é acusado de sonegação fiscal.
Em 1996 Jorge Almeida foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia através da Ação Criminal Nº 0000440-49.1999.805.0120 da Comarca de Itamaraju. Na ação, o MP acusou Jorge Almeida de comandar um esquema de sonegação fiscal que causou um grande prejuízo ao Estado da Bahia. A ação tramita há 22 anos na justiça, e nossa equipe não conseguiu apurar se ainda encontra-se em fase recursal, já que os processos anteriores a 2008 não foram digitalizados pela justiça.
Outra ação também foi movida em 2005 por Magda Durkes, a ex-esposa de Jorge Almeida. No processo com valor da ação de R$ 3 milhões, onde Magda exige o recebimento de 50% dos bens do casal. Na ação a Jorge foi condenado a entregar a sua ex- esposa a metade da Fazenda São Marcos e metade de um apartamento em Salvador. Apesar de já ter vencido em segunda instância, até o momento a ex-esposa se Jorge Almeida não recebeu a parte devida do patrimônio do casal.