Eita! O São João do extremo sul da Bahia teve cheiro e gosto de agricultura familiar. Devido a pandemia, as feiras livres agroecológicas e São João da Reforma Agrária foram suspensos, mas as delícias típicas ficaram garantidas durante todo período junino.
A colheita do milho, amendoim, aipim, laranja entre outros produtos, andaram a todo vapor. A comercialização está ocorrendo através de novas formas de escoamento, isso inclui delivery, nas feiras livres municipais, garantindo a tradição dos preparos das comidas e bebidas típicas e renda para os camponeses.
O ingrediente principal da festa como todos sabem é o milho, assado, cozido ou como canjica, bolo, pudim, curau e pamonha, seja como for, ele não faltou.
Os camponeses do extremo sul garantiram a safra em março que foi consumida durante todo mês de junho. São eles que, nesta época do ano, garantem mais sabor a mesa de todos, levando um alimento saudável e livre de agrotóxico a mesa do consumidor, e garantindo emprego e renda para agricultura familiar.
De acordo com o coordenador estadual do MST da produção, Arleu Kai, “as feiras da reforma agrária sempre produziram alimentos saudáveis, e cumprem também com o papel de fomentar a economia local contribuindo para a sustentabilidade ambiental”, destaca.
Segundo dados do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2017), a agricultura familiar responde na Bahia por 59,0% da produção anual de milho verde em espiga, por 79,0% da produção de amendoim, 76,0% da produção de mandioca e 42,0% da produção de laranja.
O amendoim também é protagonista da festa e é base de diversas receitas saborosas, tanto de bebidas como de comidas. Outro produto que reina neste período é a mandioca, ingrediente básico que dá forma à farinha, beijus, gomas, polvilhos e bolos. E as casas de farinhas garantem esses produtos na mesa do consumidor.
Bebidas
Para esquentar o frio no extremo sul da Bahia, as comidas estão garantidas e as bebidas também. O licor, bebida junina típica mais famosa dessa época, é um sucesso e traz os sabores de cada assentamento e acampamento da região os licores nos sabores jenipapo, amendoim, maracujá do mato, maracujá, cacau, café, abacaxi e maracujá cremoso.
No extremo sul, as famílias estão organizadas por linhas produção e são apoiadas pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).