No cenário econômico da Bahia, o agronegócio teve uma participação de 13,76% no Produto Interno Bruto (PIB) estadual no primeiro trimestre de 2024, totalizando R$ 16,9 bilhões, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Essa representação, embora significativa, registrou uma redução em relação ao mesmo período de 2023, quando o agronegócio correspondia a 16,4% do PIB baiano, impactado principalmente pela diminuição nos preços dos produtos do setor.
A análise do PIB do agronegócio baiano considera quatro grandes agregados, sendo o Agregado IV, composto por transporte, comércio e serviços de distribuição, o principal responsável pela queda na participação do setor. A comparação entre os valores do primeiro trimestre de 2024 e 2023 revela uma retração de 8,2%, resultando em um montante de R$ 1,5 bilhão a menos.
O coordenador de Contas Regionais da SEI, João Paulo Caetano, explicou que a perda de participação do agronegócio se deve, em parte, ao aumento na produção real combinado com uma queda média de 9% nos preços dos produtos agropecuários. Apesar dos desafios enfrentados no primeiro trimestre, destaca-se que a produção agropecuária baiana é mais expressiva no segundo trimestre, o que pode resultar em impactos positivos para o setor nos próximos períodos.
Para o segundo trimestre, espera-se um desempenho mais favorável para o agronegócio baiano, com possíveis elevações na participação do setor no PIB total da Bahia. No entanto, considerando os movimentos descendentes nos preços dos produtos agropecuários, é fundamental um acompanhamento detalhado do cenário econômico e da produção agrícola no estado para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento do agronegócio na região.