Tarifas caríssimas, atrasos nos voos, taxas para despacho de bagagem, para marcação de assento e para alteração ou cancelamento de passagem fazem parte de uma grande lista de problemas apresentados pelo transporte aéreo brasileiro. Indignado com a situação, o deputado federal Ronaldo Carletto (PP) questionou novamente a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre onde está a queda no preço das passagens alardeada no período em que anunciaram também as novas cobranças e solicitou que os preços impostos pelas companhias aéreas sejam sujeitos a investigação.
“Tenho um histórico de reclamações sobre os preços das passagens aéreas no país. Há passagens que chegam a ultrapassar R$ 3.000 e a Anac se omite, parece não haver órgão fiscalizador! Esse abuso nas tarifas prejudica os consumidores, o turismo e a economia desses locais. São muitos aumentos para um serviço tão limitado. Às vezes, sai mais barato ir para o exterior do que viajar dentro do Brasil. A Anac, que deveria regular o setor, prefere defender as empresas a defender os consumidores. Mas liberdade tarifária não significa carta branca para o abuso econômico”, disse o parlamentar.
De acordo com dados da própria Anac, o preço médio das passagens aéreas durante o primeiro trimestre deste ano foi 7,9% superior aos valores médios cobrados no mesmo período de 2017, já descontada a inflação. Desde 2014 não se registravam tarifas tão altas nesse período. Segundo o deputado, diversas instituições, como o Ministério Público, Procons, OAB e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) já se pronunciaram contra os abusos cometidos pelas companhias aéreas, mas não houve nenhuma melhora até o momento.