O partido Avante tem ganhado destaque na política baiana ao conquistar presença em 370 municípios, sinalizando uma movimentação estratégica que não passa despercebida pelos observadores políticos do estado.
A rapidez com que o Avante expandiu sua presença desde a chegada do ex-deputado federal Ronaldo Carletto à presidência, em maio do ano passado, chama a atenção e levanta questões sobre os objetivos políticos do partido. Rumores indicam que o ministro Rui Costa, atual Casa Civil, pode estar cogitando filiar-se ao Avante como parte de uma estratégia para enfrentar resistências das forças aliadas e lançar sua candidatura ao Senado em 2026.
A possível chapa para o Senado ganha contornos mais concretos com a presença do senador Jaques Wagner, que busca a reeleição, na mesma chapa do governador Jerônimo Rodrigues. Essa aliança reforça a consolidação do Avante como um jogador político relevante na Bahia, surpreendendo mesmo aqueles dentro do próprio PT.
A estratégia de Ronaldo Carletto, atual presidente do Avante, também inclui a tentativa de se viabilizar como suplente de Rui Costa. Especula-se que, caso eleito, Rui Costa poderia assumir novamente um ministério, abrindo espaço para Carletto assumir o mandato de senador de forma estratégica e aparentemente “gratuita”.
O crescimento do Avante entre os municípios baianos tem despertado inveja e desconfiança em outras agremiações governistas, que observam atentamente o desdobramento dessa jogada política. Com o cenário político em constante evolução, a Bahia se prepara para uma eleição em 2026 que promete ser marcada por alianças surpreendentes e estratégias calculadas.