O Censo Escolar 2024 mostra que a Bahia lidera o Brasil em matrículas de estudantes em comunidades quilombolas, com um aumento significativo de 84.693 matrículas em 2023 para 88.035 em 2024, representando um crescimento de aproximadamente 3,93%. Este número equivale a 32% do total de matrículas em comunidades quilombolas em todo o país.
Além disso, o estado registrou um aumento nas matrículas em assentamentos, subindo de 20.868 em 2023 para 21.600 em 2024, o que representa um crescimento de 3,50%. Essa evolução fez com que a Bahia subisse da 4ª para a 3ª posição entre os estados com mais matrículas em assentamentos.
Na rede estadual, houve um crescimento de 19% na oferta de vagas em comunidades quilombolas e de 9% em assentamentos, refletindo a eficácia das políticas educacionais que respeitam as tradições locais. A secretária da Educação, Rowenna Brito, destacou os investimentos em infraestrutura e na formação continuada de professores como fundamentais para esse avanço.
Entre as iniciativas, destaca-se a construção de uma nova escola na localidade quilombola da Matinha, em Feira de Santana, e a licitação já iniciada para a construção de duas escolas em assentamentos: uma em Vitória da Conquista (Lagoa e Caldeirão) e outra em Mucuri (Assentamento Paulo Freire). Essas ações visam garantir uma educação inclusiva e promover a cidadania plena para os estudantes de comunidades tradicionais.