Na Aldeia Patiburi, território Tupinambá, localizado em Belmonte, no Extremo Sul da Bahia, lutas diárias por alimento, terra, preservação da cultura e sobrevivência retratam os ataques que os povos indígenas têm sofrido em todo o Brasil. Nesta quinta-feira, 29, uma roda de escutas e diálogos sobre direitos humanos e políticas indígenas na Bahia foi promovida pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS).
Para o superintendente de Direitos Humanos da SJDHDS, Jones Carvalho, que visita diferentes etnias indígenas no interior do estado nesta semana, é preciso conhecer de perto o modo de vida desse povo para que os avanços nas políticas de proteção e garantia de direitos sejam fortalecidos.
“A nossa intenção é estar ainda mais próximos dos Tupinambás que, assim como outras etnias indígenas, sofrem na pele os reflexos de perseguições e desrespeito a sua cultura. A luta é pelo direito à vida, pela terra, por cidadania e dignidade”, disse o superintendente. Ele acrescentou que “enquanto Secretaria de Direitos Humanos do Governo da Bahia, travaremos juntos essa batalha e seguiremos na defesa dos povos tradicionais”.
Na aldeia, a SJDHDS foi recebida pela cacica Cátia Tupinambá, integrante do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, executado na Bahia pela SJDHDS. Ela relatou os ataques que já sofreu e reafirmou a disposição em continuar a luta em defesa do seu povo. “A cacica e sua família vêm sofrendo uma série de ameaças, inclusive de morte. Por isso, integra o Programa de Proteção. Acompanhamos essa situação muito de perto e monitoramos os acontecimentos na aldeia, que tem inúmeros relatos de perseguição e violação dos diretos humanos”, explicou Jones Carvalho.