Uma ação judicial eleitoral desencadeou uma investigação sobre a legitimidade das candidaturas de duas mulheres do Republicanos ao cargo de vereador em Itamaraju, que receberam um número extremamente baixo de votos nas eleições de outubro. Aline Guimarães Santos e Luana Teixeira Brito, que receberam apenas quatro e um voto, respectivamente, estão no centro de uma controvérsia que sugere que suas candidaturas podem ter sido registradas apenas para cumprir as exigências das cotas de gênero.
De acordo com a ação movida pelo advogado Jorge Luiz da Silva Lima na 172ª Zona Eleitoral de Itamaraju, a lista de candidatos do Republicanos a vereança incluía 15 nomes, dos quais cinco eram mulheres. No entanto, o advogado argumenta que o registro de pelo menos duas dessas candidaturas femininas foi meramente uma formalidade para atender à exigência legal de que 30% das candidaturas sejam de mulheres.
Para o advogado, os resultados indicam que as candidatas não estavam ativamente concorrendo, “o que sugere que suas candidaturas foram registradas exclusivamente para garantir o percentual mínimo de mulheres exigido por lei”, defende.
A ação não apenas pede a investigação das candidaturas, mas também a cassação dos registros de Aline e Luana, o que poderia ter um impacto significativo na composição da câmara municipal de Itamaraju.
As cotas foram implementadas com a intenção de aumentar a representatividade das mulheres, mas a situação atual traz à tona a discussão sobre possíveis abusos e a necessidade de um comprometimento real por parte dos partidos políticos.