A falta de planejamento hídrico na gestão dos comitês das cidades do Sul e Extremo Sul da Bahia foi alvo de críticas que partiram do presidente dos Comitês de Bacias Hidrográficas da Bahia (CBH-BA), Anselmo Caires.
As regiões foram as principais prejudicadas pelos fortes temporais do final no ano passado, deixando mais de 14 mil pessoas desabrigadas.
De acordo com Anselmo, os comitês do Extremo Sul da Bahia não têm plano de bacias e será preciso fazer um planejamento de crescimento populacional e urbanístico.
“Tudo isso está sendo feito sem planejamento”, afirma ele. “O tamponamento dos rios vem sendo feito com concreto, afetando a circulação e causando a fadiga dos rios e invasão hídrica dos centros urbanos”, explica.
O tema será um dos focos do Encontro dos Comitês de Bacias Hidrográficas da Bahia (ECOBA), que acontece em Porto Seguro entre os dias 26 e 29.
Anselmo afirmou que será feita uma discussão na ocasião, visando amenizar os danos causados pelas fortes chuvas e corrigir os erros que ocasionaram nas catástrofes do ano passado.
A Associação de Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) apontou que mais de 14 mil pessoas ficaram desabrigadas nas regiões no período. Ao todo, mais de 850 mil pessoas foram afetadas pela chuva no estado.