Integrar iniciativas, empresas, comunidades e órgãos públicos para estimular o turismo sustentável – aquele que, ao mesmo tempo em que dá lucro, promove a conservação da natureza e a geração de renda para as comunidades locais, reduzindo os impactos negativos do turismo em massa. Esse é o objetivo da aliança Futuri, projeto criado pela ONG Conservação Internacional em agosto do ano passado.
“Nós entendemos que o turismo é uma ferramenta que pode gerar a conservação da natureza e também gerar renda para as comunidades locais”, diz Thaís Guimarães, responsável pela aliança Futuri dentro da ONG Conservação Internacional Brasil. “Hoje, temos um grupo de 130 pessoas que fazem parte dessa construção, que conta com uma estrutura sólida de governança.”
A princípio, o projeto atua nos municípios de Una, Canavieiras, Belmonte, Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro, Prado, Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa, na região do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no Sul da Bahia – local onde se concentra a maior diversidade marinha do Atlântico Sul.
“A base de tudo foi o Banco dos Abrolhos, um banco de recifes que vai desde a foz do Jequitinhonha até a foz do Rio Doce, ou seja, de Canavieiras, na Bahia, até o norte do Espírito Santo”, diz Peu Laje, gestor da Reserva Particular do Patrimônio Natural Rio do Brasil, em Porto Seguro, que atua como voluntário na Futuri.
“Na mesma região, também estão localizadas oito unidades federais de conservação da Mata Atlântica. Então é um território com uma importância enorme ambiental e social. Mas ele não é limitador. Queremos muito expandir e levar a aplicação de práticas ESG para outras regiões do Brasil”, completa Laje.
Segundo ele, a Futuri está atuando com uma governança transversal descentralizada. “Estamos executando um plano de ação em 4 grupos de trabalho que se reúnem semanalmente de forma voluntária para planejar os passos seguintes”, afirma.
A iniciativa é parte do projeto Turismo+Sustentável da CI-Brasil, financiado pelo Fundo Abrolhos T&M, Instituto humanize e Uxua Casa Hotel & Spa, com o apoio do setor público (Secretaria de Estado de Turismo, Secretarias municipais e estadual do Meio Ambiente, ICMBio). As ações de capacitação e mentoria de negócios contam ainda com uma parceria técnica e financeira do WWF-Brasil. (Fonte: EpocaNegócios)