O ex-candidato a vereador de Itamaraju, Marcio Pires (PSDB), que ocupava de forma clandestina a chefia do departamento de transporte escolar da prefeitura de Itamaraju, foi afastado das funções após denúncias envolvendo o setor. As irregularidades apontavam supostos casos de desvio de combustíveis destinados ao abastecimento, além do visível sucateamento dos ônibus da frota própria do município .
Marcio Pires foi candidato a vereador ao lado do prefeito Marcelo Angênica, também do PSDB, porém não foi eleito, tendo obtido 175 votos. No entanto, como prêmio de consolação, o gestor municipal o nomeou como Diretor de Cultura do município, porém o mesmo atuava ilegalmente no transporte escolar, deixando de lado a função para o qual foi contratado que possuía remuneração superior.
Segundo informações, para o lugar ocupado por Marcio Pires foi destinada a professora Liude Botelho, que já havia atuado no setor do transporte escolar em gestões anteriores. Apesar de não ter nomeação oficial, Liude já teria sido flagrada trabalhando no local a cerca de dois meses. Em consulta ao site do TCM, a suposta nova diretora de transporte escolar do município aparece com dois vínculos de professora na rede municipal, mas segundo informações a mesma não atuaria em sala de aula.
Marcio Pires é o segundo diretor afastado acusado de envolvimento em irregularidades no desvio de combustíveis no município de Itamaraju. Em 2018 o também ex candidato a vereador, Fabio Lima, foi exonerado após ter sido acusado de participar juntamente com o Secretário de Saúde, Elan de Lozinho, de um suposto esquema apelidado de “Máfia dos Combustíveis”, onde teriam sido desviados quase R$ 400 mil em combustíveis que deveriam ser utilizados para abastecimento de ambulâncias da saúde. Segundo a denúncia, os valores supostamente desviados teriam sido utilizados para compra de imóveis e até uma caminhonete de luxo.
Na época a denúncia foi protocolada no Ministério Público Federal pelo vereador Evando Rodrigues. Após ter sido exonerado por suposto envolvimento no esquema de corrupção, o ex diretor, Fábio Lima, foi nomeado como assessor do vereador Flavinho, fato que gerou descontentamento de parte comunidade evangélica que ajudou a eleger o parlamentar.