O deputado Valmir Assunção (PT-BA) subiu o tom durante a sessão solene na Câmara Federal em comemoração aos 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em resposta aos bolsonaristas presentes, Assunção declarou enfaticamente: “Não vamos baixar a cabeça pro agronegócio; eles queriam nos ver no chicote”.
A cerimônia, que buscava celebrar quatro décadas de luta e conquistas do MST, tornou-se palco de confronto quando simpatizantes do governo tentaram tumultuar o evento. O deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator de uma CPI desfavorável aos ruralistas, enfrentou forte repúdio dos presentes.
Fundado em 1984, o MST, hoje presente em 24 estados, foi homenageado em uma sessão requerida por diversos deputados, incluindo Valmir Assunção. Cerca de 450 mil famílias estão assentadas sob a bandeira do movimento, que também conta com aproximadamente 70 mil famílias acampadas. Durante a sessão, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, representaram o Presidente Lula.
Valmir Assunção ressaltou a importância do MST como “o maior movimento social da América Latina”, reafirmando o compromisso de lutar pela reforma agrária e produção de alimentos saudáveis. A sessão, inicialmente destinada à celebração, evidenciou a polarização política em torno das questões agrárias no país.