No decorrer dessa semana, a empresária Dida Souza, filha do ex-deputado Osvaldo Souza, acabou no centro de uma polêmica ao ser convocada para prestar depoimento sobre sua suposta liderança no ataque de ruralistas contra a comunidade indígena Pataxó Hã Hã Hãi, em Potiraguá, região sul da Bahia. O trágico episódio resultou na morte de Maria de Fátima Muniz de Andrade, conhecida como Nega Pataxó.
A investigação revelou que Dida Souza teria coordenado o movimento através de um aplicativo de troca de mensagens, visando retomar a área conhecida como Fazenda Inhuma, ocupada pelos indígenas no sábado anterior. O empresário Luiz Uaquim, também apontado como líder do grupo “Invasão Zero”, que ganhou notoriedade após a CPI do MST, é outro nome envolvido nos ataques.
O grupo que afirmava contar com mais de 10 mil fazendeiros baianos, planejava expandir suas atividades para outros estados.
Surpreendentemente, a revelação do envolvimento de Dida com o grupo causou espanto, visto que não havia registros anteriores de sua atuação contra indígenas. O “Invasão Zero” conseguiu apoio de parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Dida Souza e Luiz Uaquim foram convocados a prestar depoimento nos próximos dias, prometendo fornecer mais informações sobre os eventos que resultaram na tragédia em Potiraguá. Estes depoimentos marcarão um novo capítulo nas investigações em curso, buscando esclarecer as circunstâncias que levaram a essa lamentável situação.