As declarações feitas pelo prefeito de Itamaraju, Marcelo Angênica (PSDB), durante entrevista a uma emissora de rádio, de teor ofensivo contra o bispo da Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas, Dom Jailton de Oliveira Lino, continuam dando o que falar em toda região.
Neste domingo 21, diversas organizações civis, religiosas e segmentos sociais declararam solidariedade ao bispo e condenaram a postura do gestor público, que é médico.
A nota assinada por pelo menos 15 entidades, atesta que causou extrema perplexidade o pronunciamento do prefeito de Itamaraju em referência ao bispo diocesano, que foi acusado de “ser ignorante”, de “propagar mentiras” acerca do governo municipal e de estar acometido pelo “vírus da ignorância”.
O estopim das declarações do religioso foi a morte de um membro da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima que veio a óbito após ser diagnosticado com Covid-19. O bispo declarou em vídeo que os 20 leitos de UTI que Angênica se recusou a aceitar poderiam salvar vidas. A cidade de Itamaraju já registou 8 mortes e 334 casos confirmados em decorrência da pandemia do Corona vírus
No documento, as entidades argumentam que “não condiz com a democracia, nem tampouco com a postura de um prefeito, sob o pretexto de expressar divergência de opinião, arremeter-se, de modo tão reprovável, contra a autoridade maior da igreja particular católica dessa região”.
A nota ainda diz que “o religioso Dom Jaiíton escolheu como missão de vida servir e cuidar das pessoas, fazendo o bem indistintamente a todos por isso sempre defendeu a vida ”.
O texto segue na defesa do bispo apontando que Dom Jaílton tem se mostrado não somente um pastor zeloso e defensor da vida em todos os seus aspectos, senão que um firme propagador – pela experiência que possui – das melhores práticas de gestão para a https://sigaanoticia.com.br/wp-content/uploads/2021/11/estudos-1.gifistração pública que podem melhorar a vida da população.
“A pequenez do gesto do prefeito, mais parecido a discurso proferido contra adversário político, merece severa repreensão, porque impróprio, desrespeitoso, fora de propósito, intolerante e completamente equivocado”, pontua.
A nota acusa Angênica de não compreender ou, mais ainda, distorcer e tirar de contexto as palavras de alguém de elevada estatura moral e intelectual, tal qual é Dom Jailton, é atitude mesquinha, vil e indigna.