Em greve há mais de 20 dias, os servidores públicos de Eunápolis buscam a Câmara de Vereadores para mediar negociação. Com objetivo de chamar a atenção da Prefeitura para um diálogo, eles participam das sessões do Legislativo levando faixas de bandeiras. A categoria reivindica “auxílio alimentação, novos percentuais de progressão horizontal de carreira e novos padrões de vencimento do quadro geral de servidores”.
Nesta quinta-feira (20/04), uma comissão de grevistas foi recebida por um grupo de vereadores que contou com a presença do presidente, Jorge Maécio, além de Adeilson Costa, Arthur Dapé, Valterlan Cardoso, Marcos Costa, Pedro Queiroz e Tiago Mota. Os parlamentares ouviram a pauta de reivindicações do SINSPPOR (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Porto Seguro e Região).
O vice-presidente do SINSPPOR, Edriano Alves, falou que a greve chegou há 21 dias e ainda não há previsão de término por falta de consenso com a prefeitura.
“Nós estamos na terceira semana de greve dos servidores públicos municipais. Uma greve que se iniciou pela falta de negociação no formato que a categoria tem reivindicado. A categoria apresentou reivindicações de melhorias de base salarial, de sua evolução de carreira e implantação de um auxílio alimentação. Isso não foi atendido pela gestão municipal, então se iniciou a greve que já está na terceira semana. E a gente espera que haja um avanço na contra proposta da gestão municipal”, relatou Edriano.
Após ouvir as reivindicações, o presidente da Casa, Jorge Maécio, relatou que vai enviar um requerimento ao Secretário de Gestão do Município, Ronaldo Carvalho, “para que faça um estudo de viabilidade do quadro de servidores gerais do município e negociar o que a Prefeitura pode ceder, afinal, os servidores não buscando somente direitos adquiridos”. Frisou o presidente.
Os grevistas reclamam que algumas categorias, como professores, enfermeiros, agentes de saúde, guardas municipais, por exemplo, conquistaram benefícios, mas o quadro geral foi ficando para traz. Esse grupo abrange motoristas, auxiliar de serviços, auxiliares administrativos, auxiliares de secretaria escolar dentre outros. Alguns desses recebem salários de R$ 1.200,00 e a Prefeitura precisa equiparar para efeito de aposentadoria e para que não fiquem abaixo do salário mínimo nacional.
“Isso tudo atrapalha a vida do servidor. Lembrou Maécio. E também prejudica a população que precisa dos serviços. Por isso vamos atuar para que esses servidores voltem ao trabalho e mais rápido possível, que seus direitos garantidos”. Avisou.