Pelo sexto mês consecutivo, as exportações baianas registraram crescimento em relação a 2016. De acordo com informações analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em outubro, as receitas de exportação do estado atingiram US$ 731,1 milhões, com incremento de 24,2% ante o mesmo mês do ano passado.
Como vem acontecendo ao longo do ano, as vendas externas em outubro foram puxadas pelos produtos básicos, como consequência da recuperação da produção agrícola estimada em 41%. A soja, novamente foi o destaque do mês com vendas de US$ 178,2 milhões e um incremento de 256% sobre outubro/2016.
Outros produtos agrícolas também contribuíram para o bom desempenho como algodão (+186% para US$ 70,1 milhões), Frutas (+9%, a US$ 29,3 milhões), Sisal (+34% a US$ 7,9 milhões), Café (+5% a US$ 4,9 milhões), Fumo (+138% a US$ 2,3 milhões) e Carnes de aves (203% a US$ 2,1 milhões). Já os produtos industrializados, afetadas pela valorização cambial e pelo aumento dos custos de produção, registraram queda de 10,3% no mês.
Até outubro, as exportações baianas alcançaram US$ 6,74 bilhões, superando em 16,7% as receitas de igual período do ano passado. O crescimento das vendas externas do estado em 2017 é resultado da expansão mais forte da atividade global, o que resultou em um aumento das importações principalmente da China, Estados Unidos e União Europeia, principais mercados para as exportações baianas; das melhores cotações das commodities, que interrompeu a desvalorização dos preços médios dos produtos exportados pelo estado; e da já citada recuperação da produção agrícola, hoje responsável por 48% das exportações totais do estado.
Importações
De acordo com a melhora das expectativas para economia, as importações baianas registraram crescimento de 79,5% em outubro, alcançando US$ 819,1 milhões. O maior responsável pela forte elevação foram as compras de combustíveis (+237%), principalmente nafta, gás e óleo diesel. Em menor proporção, também cresceram as compras de produtos intermediários (+56%) e de bens de capital (+2,3%), este último, pelo segundo mês consecutivo o que pode ser um indicativo positivo de recuperação da economia por se tratar de máquinas e equipamentos (investimento).
Com os resultados apurados até o mês de outubro, as importações acumulam US$ 6 bilhões, o que representa um crescimento de 9,8% sobre o mesmo período de 2016. O incremento das compras externas no ano deve-se, além do aumento nas compras de combustíveis (+14,6%), ao incremento em 8% do quantum importado, principalmente de matérias primas como minério de cobre e insumos para a indústria química; do aumento das compras de peças e acessórios para indústria automotiva na esteira da melhoria do seu desempenho; e da baixa base de comparação, já que 2016 foi marcado por forte retração da atividade econômica.