As exportações da Bahia cresceram 4,5% em outubro de 2024 em comparação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando US$ 1,14 bilhão, o maior valor já registrado para o mês na série histórica. Em contraste, as vendas externas no Brasil apresentaram uma queda de 0,74%, segundo análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O aumento nas exportações baianas foi impulsionado principalmente pela elevação dos preços, que subiram em média 6,5%, apesar de uma queda de 1,8% no volume embarcado. Produtos como celulose, ouro, minerais, derivados de cacau e café foram os destaques, representando 31,4% do valor total exportado em outubro. Nos primeiros dez meses do ano, as exportações acumularam US$ 8,62 bilhões, 6,3% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
A China se manteve como o principal destino dos produtos baianos, com um aumento de 8,7% nas exportações em outubro. As vendas para a América do Norte também cresceram substancialmente, com um aumento de 50,7%, impulsionadas pelas vendas para os Estados Unidos, que subiram 39,4%. Em contrapartida, as exportações para a América do Sul caíram 27,4%, enquanto as vendas para a União Europeia cresceram 25,6%, destacando-se o aumento expressivo de 536,2% nas vendas para a Espanha.
Em relação às importações, a Bahia registrou um aumento significativo de 39,6% em outubro, totalizando US$ 955,5 milhões, refletindo um aquecimento da economia local. O crescimento das importações foi especialmente evidente na categoria de combustíveis, que cresceu 128,3% no mês. No acumulado do ano, as importações chegaram a US$ 9,29 bilhões, um crescimento de 24,5%, indicando uma tendência consistente de aumento nas compras externas, mesmo diante da depreciação do real frente ao dólar. Os dados sugerem que parte do aumento no volume importado foi compensada por uma queda nos preços, resultado de negociações entre importadores e fornecedores.