O extremo sul tem a maior bacia leiteira do estado da Bahia. A forte aptidão regional para a produção leiteira, trabalho, organização e técnicas modernas alavancaram a produção da fazenda Campo Grande, localizada em Ibirapuã. Maior produtora do extremo sul baiano, a fazenda produz mais de 14 mil litros de leite por dia. Terceira maior fazenda leiteira da Bahia, a Campo grande está hoje em 56º lugar no ranking brasileiro.
A fazenda de propriedade do laticínio Davaca é modelo para o produtor de leite do extremo sul com centenas de vacas em lactação. Não há confinamento e nem semiconfinamento. Toda a vacada girolando é dividida em grupos com sessenta cabeças. Antes de tirar leite, as vacas comem um concentrado de farelo, um composto de soja e milho. Depois entram na sala de ordenha, onde ficam aproximadamente apenas cinco minutos para extrair o leite. A produção média de leite por vaca é de mais de quinze litros e meio por dia, mas algumas vacas chegar a produzir 35 litros diariamente. Toda a ordenha é mecânica e por isso mais higiênica, rápida e economicamente viável.
Há um contínuo trabalho de melhoramento de pastagens, com Intensificação e adubação. Além de busca por aprimoramento genético, através de transferência de embrião e fertilização in vitro. Há a fecundação de embriões em laboratórios com animais superiores, tanto da parte feminina (Gir Leiteiro PO) quanto da parte masculina(holandês PO). Em 90% dos casos é possível escolher o sexo, o que uma grande vantagem na produção leiteira pois o rebanho passa a ter mais vacas. Após a coleta do material da vaca, leva-se para o laboratório e adiciona-se o sêmen do touro. Aí gera um embrião com sete dias que vem para as fazendas para ser implantada nas receptoras. É uma técnica utilizada no mundo todo.