Um laudo balístico confirmou que o disparo que provocou a morte da indígena Pataxó Maria Fátima Muniz de Andrade, partiu de um revólver calibre 38, nas mãos de um jovem de 20 anos, filho de um fazendeiro local.
A morte ocorreu durante uma disputa por terras no último domingo 21, na Fazenda Inhuma, na região de Potiraguá, sul da Bahia.
Além da vítima fatal, o cacique Nailton Muniz Pataxó também foi alvo da violência, sofrendo um ferimento no rim. O líder indígena passou por cirurgia no Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga, cidade a cerca de 69 km do local do crime. Após o procedimento, Nailton foi transferido para outra unidade de saúde, cujo nome não foi divulgado por questões de segurança.
O clima ainda é de tensão na região, levando as comunidades tradicionais a solicitar reforço de segurança à Força Nacional. Até o momento, não houve resposta às demandas, aumentando a apreensão e preocupação dessas comunidades diante da persistente violência.
Além do filho do fazendeiro, um policial reformado também foi preso em flagrante no desdobramento das investigações. Ambos são suspeitos não apenas da morte de Maria Fátima, mas também de tentativa de homicídio contra o cacique.
O jovem de 22 anos foi encaminhado para o Conjunto Penal de Vitória da Conquista, enquanto o policial reformado está detido no Batalhão da Polícia Militar de Itabuna. Foto: povo Pataxó Hã-Hã-Hãe