As jubartes brasileiras já estão chegando em águas antárticas para se alimentar, mas deixaram este ano, além de saudades, um enorme saldo positivo para a pesquisa da espécie e também para o Turismo de Observação, que teve uma temporada excelente no extremo sul da Bahia.
No âmbito da pesquisa, as equipes de pesquisa do Projeto Baleia Jubarte percorreram mais de 1.500 milhas náuticas ao longo da costa baiana, registrando mais de 800 baleias. Incluindo animais registrados mais de uma vez, as equipes obtiveram cerca de 900 registros fotográficos individuais, que são fundamentais para o estudo da biologia, comportamento e migrações da espécie. Uma das grandes novidades da pesquisa de jubartes pelo Projeto foi o início da utilização de drones como ferramenta para entender os grupos sociais das baleias, seu comportamento e dinâmica, avaliar o estado de saúde dos animais, e também auxiliar na obtenção de estimativas populacionais mais exatas.
Este trabalho de apoio ao Turismo de Observação de Baleias também rendeu muitos frutos! Nesta temporada que se encerra o Projeto Baleia Jubarte realizou a capacitação de mais de 200 tripulantes, guias e outros profissionais. Mais de 550 passeios marítimos de avistagem de baleias foram realizados em 2018, levando cerca de 10 mil turistas para visitá-las em seu ambiente natural, gerando uma receita direta estimada em R$ 1,5 milhão, além de um volume muito maior em benefícios indiretos. Os passeios de avistagem também contribuem para a pesquisa, com o embarque de pesquisadores do Projeto e mais de 100 fotografias para identificação individual de baleias doadas ao banco de dados por turistas interessados em ajudar na pesquisa e conservação das jubartes.