A prisão do ex-deputado mineiro Márcio Passos pela Polícia Federal – sob acusação de lavagem de dinheiro e de fazer parte de uma organização criminosa que atuaria em esquemas de fraudes em licitações públicas no extremo sul baiano deve ajudar a elucidar o forte esquema montado para lesar o município de Porto Seguro.
Márcio Passos foi preso pela Operação Fraternos da Polícia Federal e está detido na Penintenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele é apontado como proprietário de uma empresa de software que foi contratada pela Prefeitura de Porto Seguro e estaria envolvida em fraudes.
Na Bahia, as investigações estão concentradas em Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália, no Sul do estado. No site da Integra GRP, a empresa se apresenta como especialista “na criação de softwares de gestão pública, mas com um conceito baseado em sustentabilidade”.
As investigações da PF e do MPF na Fraternos revelam que a prefeitura de Porto Seguro contratava empresas, entre elas a de Passos, para fraudar licitações, simulando a competição entre elas. Após a contratação, parte do dinheiro pago pelas prefeituras era desviado. O esquema, segundo a PF, movimentou cerca de R$ 200 milhões.