A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) divulgou uma nota de esclarecimento na noite de sexta-feira 29, abordando as ações em resposta à grave situação de violência enfrentada pela comunidade indígena Pataxó Patxohã, localizada em Santa Cruz Cabrália, na Bahia. O esclarecimento vem após um ataque violento ocorrido no dia 27 de novembro.
No ataque, cinco homens armados invadiram a aldeia, incendiaram residências e ameaçaram as famílias indígenas. A Funai relatou que o episódio é parte de uma série de ataques armados na região, que colocam em risco a vida de aproximadamente 280 pessoas, compostas por 70 famílias indígenas vulneráveis.
Além dos incêndios, a comunidade Pataxó Patxohã enfrenta ameaças constantes relacionadas a disputas territoriais com particulares e à presença de facções criminosas na área. Esse contexto de violência tem gerado um clima de insegurança e temor entre os moradores.
Em sua nota, a Funai informou que a Coordenação Regional Sul da Bahia (CR-SBA) está implementando diversas medidas para proteger a comunidade e garantir os direitos constitucionais dos indígenas. A Fundação destacou que, embora a segurança pública seja uma atribuição de órgãos estaduais e federais, tem atuado de forma articulada com essas instituições para assegurar a proteção das famílias e solicitar investigações sobre os responsáveis pelos crimes.
Recentemente, a Funai concluiu o processo de Qualificação Territorial e continua a monitorar questões jurídicas relacionadas à Fazenda Pinga, onde a comunidade exerce a posse de forma tradicional.
Reconhecendo a vulnerabilidade da comunidade, a Funai também está promovendo ações de apoio psicossocial e humanitário para as famílias diretamente afetadas pelos ataques. Essas iniciativas visam minimizar os impactos da violência e garantir condições de segurança e dignidade para a comunidade.