Não é segredo a guerra travada entre os 160 garis aprovados no concurso público de 2015 e a prefeitura municipal de Itamaraju. Essa batalha, apesar de contrariado, teve como perdedor o prefeito Marcelo Angênica (PSDB), que se opunha à nomeação das pessoas que, legitimamente, passaram nas provas e sofriam vendo suas vagas sendo ocupadas por apadrinhados políticos contratados temporariamente.
Essa batalha teve um fim em junho de 2017, onde o Ministério Público recomendou que Angênica desse a posse imediata dos 160 garis aprovados. A medida causou insatisfação de alguns vereadores e do próprio secretário de obras Antonio Charbel, o Tonimaq, que usou as redes sociais para atacar os garis concursados dizendo que os mesmo eram ‘pessoas cheias de manias que tinham que entrar no ritmo dele’, ainda pelas redes sociais, Tonimaq disse que o município não pagaria o adicional por insalubridade garantido em lei.
Após tomar ciência de que alguns trabalhadores ingressaram na justiça buscando uma liminar para obrigar o prefeito a pagar a insalubridade aos garis, nossa equipe consultou o portal da transparência para verificar a atual situação dos servidores que atuam na limpeza pública do município.
A equipe do Siga a Noticia constatou que os garis concursados recebem apenas um salário mínimo, sem direitos a gratificação ou hora extra. Já os garis contratados, recebem 40% de insalubridade e mais horas extras, e em muitos casos a remuneração chega a dois salários mínimos, o dobro do que recebem os concursados. A documentação será encaminhada para o sindicato que representa o setor para que eles possam juntar ao processo e buscar o direito dos garis concursados que entraram de forma legítima no serviço público e merecem ter todas as garantias previstas na legislação.