Um incêndio de proporções alarmantes está assolando o Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, localizado em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. Essa área preservada de Mata Atlântica, reconhecida como o primeiro ponto avistado pelos colonizadores portugueses, está enfrentando uma devastação sem precedentes. O fogo já consumiu o equivalente a 170 campos de futebol e continua a se expandir, representando uma séria ameaça à rica biodiversidade do local.
O parque, criado em 1961 e parte do Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, abrange mais de 22 mil hectares, incluindo não apenas uma diversidade de plantas e animais, mas também comunidades indígenas, como a Aldeia Boca da Mata, onde o incêndio teve início no início de novembro. A suposta ação humana como causa do fogo levanta questões sobre a necessidade de reforçar medidas de prevenção e vigilância.
Apesar dos esforços de 80 pessoas, entre voluntários e brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o combate ao incêndio tornou-se mais desafiador. O avanço do fogo para áreas de mata fechada dificulta a intervenção das equipes, exigindo recursos adicionais. A administração do parque solicitou reforço do ICMBio e espera a chegada de brigadistas de regiões que já controlaram incêndios na Chapada Diamantina, enquanto o Corpo de Bombeiros é aguardado para fornecer apoio necessário.
O cenário é agravado pelas altas temperaturas e clima seco na Costa do Descobrimento, favorecendo a rápida propagação das chamas, destacando a urgência de ações coordenadas para proteger esse importante patrimônio ambiental e histórico. Foto: Reprodução/Edimarcos Santana