O caso da enfermeira Glícia Gomes, conhecida como “Glícia do Regional”, demitida do Hospital Municipal de Itamaraju (HMI) por perseguição política comoveu internautas de todo o país. Ela foi demitida após ter realizado atendimento a uma jovem que teria dado a luz na unidade de saúde em março. A profissional identificou que durante o parto foram esquecidos restos de materiais dentro do corpo jovem (gazes e compressas), e isso teria causado um princípio de infecção.
Após descobrir o fato, a profissional fez a retirada do material que estava há quase um mês no interior do corpo da jovem. Glícia revelou que após o atendimento a paciente gravou um vídeo e divulgou nas redes sociais relatando sua indignação por ter sido mais uma vítima de erro médico no hospital de Itamaraju.
De acordo com ela, após a divulgação do fato a enfermeira passou a ser vítima de perseguição orquestrada pela diretora do hospital, Adriana Novais, pelo secretário de Saúde, Elan de Lozinho por ordem do próprio prefeito Marcelo Angênica, a quem ela chamou de “covarde” e “perseguidor”.
O vídeo gravado por Glícia foi compartilhado pelo Grupo Fiscaliza Itamaraju e já atingiu quase meio milhão de visualizações. Segundo um dos integrantes do grupo, boa parte das mensagens de apoio são de itamarajuenses que vivem em outros estados e que conhecem a enfermeira, que trabalhou por mais de 30 anos no hospital municipal. “As pessoas demonstram indignação com a atitude covarde do prefeito Marcelo Angênica, que para esconder o descaso da saúde persegue funcionários e outras pessoas que expõe as situações de abandono e negligência.” Comentou o membro do Fiscaliza Itamaraju.
Segundo informações, Glícia será ouvida pelo Ministério Público que apura o suposto erro médico identificado pela enfermeira.