A Secretária de Educação de Itamaraju, Juciara Pereira, foi exonerada pelo prefeito Marcelo Angênica (PSDB), na manhã desta sexta-feira, 6, após se recusar a assinar documentos supostamente irregulares referentes ao transporte escolar. Professora concursada pelo município e esposa do vice prefeito, Téa Pires, ela deixa a pasta após 3 anos à frente da educação.
De acordo com as informações enviadas por um servidor da secretaria que preferiu não se identificar, após o prefeito ter sido denunciado na Polícia Federal pelo vereador Evando Rodrigues, a secretária teria sido procurada por Jucenilza Favalessa, chefe do setor de licitação e irmã de criação do secretário de https://sigaanoticia.com.br/wp-content/uploads/2021/11/estudos-1.gifistração, Léo Oss, para que pudesse assinar documentos relacionados à supostas linhas fantasmas do transporte escolar de Itamaraju, após ela se negar a assinar os documentos, o prefeito teria ido pessoalmente à secretaria de educação e comunicado a exoneração de Juciara.
Ainda de acordo com as informações, o prefeito Marcelo Angênica e o secretário de https://sigaanoticia.com.br/wp-content/uploads/2021/11/estudos-1.gifistração, Léo Oss, supostamente estariam tentando produzir aditivos da licitação do transporte escolar com data retroativa, com o objetivo de tentar ocultar as linhas que supostamente são fantasmas, além de outras que recebem por veículos inferiores aos que foram licitados, inclusive com a existência de carros de passeio e até motos no lugar de ônibus e vans.
Recentemente o Ministério Público do Trabalho, em Ação Civil Pública, reconheceu que a empresa contratada pelo prefeito Itamaraju para prestar o serviço transporte escolar no município na verdade seria uma empresa de fachada, e não possuía carros e nem funcionários. A fraude teria sido denunciada pelo órgão ao Ministério Público Federal e a própria Polícia Federal.
Comenta-se nos bastidores que nos próximos dias tanto o prefeito Marcelo Angênica, os secretários Léo Oss e Fábio Lopes, os servidores Márcio Pires e Liude Botelho, além do proprietário da empresa LN Serviços e Empreendimentos, Márcio Evangelista, poderão ser convocados para prestarem depoimento. Caso se neguem a comparecer, poderão ser levados por meio de condução coercitiva, que é uma forma impositiva de levar os acusados independentemente de suas vontades, à presença de autoridades policiais ou judiciárias.