O governador Jerônimo Rodrigues convocou uma reunião de emergência para abordar os recentes conflitos agrários na Bahia, resultando na trágica morte de uma indígena Pataxó em Potiraguá, no último domingo. Em pronunciamento, Rodrigues enfatizou a necessidade de uma resposta coordenada para frear a violência contra povos e comunidades tradicionais.
“Nos reunimos para tratar da situação da morte da indígena Pataxó, mas também para frear qualquer tipo de violência. Saímos com um grupo de trabalho para apresentar de forma coletiva ações individuais, mas que nos unificam em prol da defesa do direito e da constituição”, destacou o governador.
Além disso, Rodrigues mencionou a presença da ministra Sônia Guajajara na Bahia e a colaboração do Governo Federal. “Guajajara está em território baiano com os nossos secretários, com as forças que aqui estão, e naturalmente faremos um trabalho unificado para garantir o direito e que a justiça seja executada pelos órgãos competentes”, assegurou o chefe do executivo.
O governador reforçou a importância de manter a autonomia de cada órgão presente na reunião, ressaltando que a ação conjunta visa apresentar estratégias para soluções pacíficas na regulamentação fundiária dos povos tradicionais. A procuradora-geral de Justiça, Norma Cavalcanti, lamentou o homicídio da indígena Pataxó e detalhou o papel do Ministério Público, designando o Grupo de Atuação Especial para atuar no caso.
“Essa reunião de todas as entidades do sistema de justiça é muito importante para resguardarmos a paz no Estado. Mas, a nossa meta é salvar vidas e trabalharmos por uma justiça mais eficaz”, reforçou Cavalcanti.
O evento, que contou com a participação de diversas autoridades, incluindo o desembargador Lidivaldo Brito e a defensora-geral Firmiane Venâncio, evidenciou a busca por uma abordagem unificada diante dos conflitos agrários, respeitando os direitos e a constituição. A detenção de dois suspeitos ligados ao grupo Invasão Zero e a apreensão de armas pela SSP-BA reforçam a determinação das autoridades em garantir a justiça e a segurança nas comunidades tradicionais da Bahia.