Maior feira de agronegócio do Norte e Nordeste, a 17ª edição da Bahia Farm Show foi aberta oficialmente, no município de Luís Eduardo Magalhães, com as presenças do governador Jerônimo Rodrigues, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Casa Civil, Rui Costa e outras autoridades. A comitiva visitou o espaço onde, até o próximo sábado 10, serão realizados negócios de maquinário, fertilizantes, tecnologia agrícolas e outros itens. A expectativa é superar os R$ 8 bilhões em negócios e o público de 120 mil visitantes da edição passada.
Jerônimo destacou a força do agronegócio baiano. “Nós temos aqui um agro muito forte, no Extremo-Sul, no Norte, na Chapada. Nós temos o prazer de ter um clima bom, um solo bom, um lençol freático bom. Bastou que juntassem empresários e trabalhadores de várias partes do país, para que juntos, nós tivéssemos a oportunidade de colocar o Brasil entre os maiores produtores e exportadores do setor agrícola”.
O governador falou ainda da importância e força do pequeno produtor e de atitudes para preservar a paz no campo. “A presença do presidente é um chamado pela unidade. Nós precisamos produzir com paz no campo. Ontem, na reunião com a direção do agronegócio baiano, com os segmentos representativos do agro, eu me coloquei à disposição. Eu sei que nós temos a chancela de falar em seu nome para promover o diálogo, para que a pacificação no campo seja dada para fortalecer a imagem de um Brasil que conhecemos”.
O presidente Lula incentivou a parceria entre produtores do agronegócio e agricultores familiares. “São duas coisas totalmente necessárias no país. Não há rivalidade, não há porque ter preconceito do grande com o pequeno ou do pequeno com o grande. O Brasil precisa dos dois. Nós temos 4,6 milhões de propriedades com menos de 100 hectares no país. Essa gente cria porco, cria galinha, vaca-leiteira, planta milho, soja, cria peixe. Essa gente produz parte dos alimentos que consumimos. Por isso nós precisamos de todos eles”, frisou.
Lula ainda falou da importância do país produzir produtos manufaturados e também commodities e detalhou os avanços tecnológicos que o setor agropecuário tem incentivado. “Não tem rivalidade entre exportar produtos manufaturados e exportar commodities. Hoje existe muita tecnologia envolvida para a produção de um grão de soja, há muita genética envolvida na criação de um frango, de um porco, de um boi. O Brasil precisa dos dois, precisa da agricultura e da indústria”.