Na última quarta-feira 5, o secretário de Administração Léo Oss renunciou ao seu cargo e anunciou sua saída do governo de Marcelo Angênica (PSDB), na prefeitura de Itamaraju. A decisão ocorreu no apagar das luzes do prazo para descompatibilização visando às próximas eleições municipais.
Oss, que comanda o partido Solidariedade, acalentava o sonho de ser escolhido como candidato a vice na chapa encabeçada pelo pecuarista Jorge Almeida, que busca suceder o atual gestor. Entretanto, sua expectativa foi frustrada e o secretário de Educação José Ferreira, é apontado com favorito para compor a chapa.
Fiel escudeiro do prefeito durante os embates de seu mandato, Léo Oss acumulou crescente rejeição política e pessoal, culminando em uma série de derrotas internas, incluindo a impossibilidade de lançar sua candidatura a vereador—vaga essa que foi para o motorista do prefeito.
Em uma reunião com membros de seu partido na noite de ontem, Oss detalhou as razões de sua decisão de “jogar a toalha”, expressando exaustão pelas lutas internas e políticas.
Analistas locais comparam sua trajetória com a de Lucilene Curvelo, ex-secretária de governo, que após desavenças políticas, encontrou-se isolada e jogada no ostracismo político.
O fato lembra o poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade que ilustra o sentimento de solidão e abandono e a sensação de que está perdido na vida, sem saber que caminho tomar. E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou…